quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Métodos de Estudo

Para o estudo de rochas estratificadas são aplicadas diferentes metodologias, que no final complementam-se. Tal como o trabalho de um estratígrafo exige, a metodologia base é a observação no campo. Porém é necessário o uso de aparelhos que facilitam o trabalho de um geólogo no campo.
Os métodos de trabalho usados para  podem ser:
·         Métodos de campo: constituem os métodos mais básico de trabalho e consistem na observação na região que se encontra em estudo. Esta observação tem como material de apoio o “equipamento de campo” (martelo, lupa, bússola, instrumentos de medida). A observação realizada na área em estudo tem como objectivo a interpretação genética, tal como a organização de todo o conjunto de depósitos em unidades estratigráficas. Esta observação também pretende fazer o reconhecimento das relações geométricas e temporais entre estas unidades e a elaborar uma correlação com materiais de outras regiões.

·         Métodos de Laboratório: através de amostras de rochas que são recolhidas na região em estudo ou obtidas através de sondagens, estas podem servir de material de estudo que será mais detalhado. Este estudo serve para identificar propriedades geoquímicas da rocha e analisar a sua textura e composição.

·         Métodos Sísmicos:
Estratigrafia Sísmica, ou sismoestratigrafia, é o estudo de sucessões estratigráficas através dos métodos sísmicos de prospecção.
 Os métodos sísmicos fazem parte da mais ampla categoria dos métodos geofísicos. Os métodos sísmicos derivam da sísmica de reflexão. Esta sísmica de reflexão é um método de prospecção geofísica que utiliza os princípios da sismologia para estimar as propriedades da subsuperfície da Terra com base na reflexão de ondas sísmicas. Este método requer a utilização de uma fonte sísmica de energia controlada.

A reflexão sísmica baseia-se na execução de perfis sísmicos, à superfície ou na água, e consiste em efectuar registos sucessivos, de uma forma praticamente contínua, ao longo de um dado alinhamento (linha de geofones). Os sismogramas (são os registos do movimento do solo numa estação sismológica. A energia medida num sismograma pode resultar de um sismo ou de outra fonte (sismo induzido).) obtidos ao longo de um perfil, registam o tempo que uma onda reflectida demora até atingir um receptor, desta maneira é possível estimar a profundidade da estrutura que gerou a reflexão.
 A sísmica de reflexão, que tem como objectivo obter uma penetração máxima com uma óptima resolução, encontra-se divida em duas vertentes: a sísmica de reflexão multicanal (principalmente empregue na exploração de hidrocarbonetos) e a sísmica de alta resolução (que é aplicada tanto em terra como no mar para a detecção de estruturas e corpos a vários níveis de profundidade.).

·         Sondagens e Diagrafias: são técnicas da Geologia aplicadas no subsolo, sendo métodos complementares, e que são constantemente aplicadas na prospecção do petróleo e que dão “origem” a informações muito importantes sobre os materiais que pertencem ao subsolo daquela região. (As sondagens dão acesso aos diversos níveis do subsolo, sendo possível obter amostras dos corpos rochosos, e as diagrafias são técnicas geofísicas que são aplicadas nas paredes de sondagens e que ajudam a complementar a informação proveniente das sondagens.


 Bibliografia: 

VERA TORRES, Juan António (1994) - Estratigrafia, principios y metodos. Madrid: Editorial Rueda


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